quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Mensagem aos calour@s!


Parabéns Calour@ pelo seu ingresso na universidade, pois sabemos o quanto o ensino superior público é excludente e você ter chegado aqui é uma grande vitória , uma importante conquista em sua trajetória! Agora se inicia uma nova fase da sua vida, uma fase de descobertas e explorações, esperamos que você desfrute bem, pois agora se iniciam os melhores anos da sua vida.
Você está entrando na UnB após um período de uma greve histórica, que defendia principalmente uma melhor condição de trabalho para professores e servidores, uma greve que unificou todos os segmentos da universidade (professores, técnicos e estudantes) que estiveram juntos nessa luta que tomou conta de todo o país.
Essa greve nacional não aconteceu à toa. É uma consequência do desmonte que a educação pública vive. Somente nesses dois anos de governo Dilma, já foram cortados mais de 5 bilhões da educação, isso traz resultados para uma assistência precária, profissionais mal remunerados, falta de estrutura entre outros.
Defendemos a universalização da univesidade, mas nos posicionamos contra o programa de expansão da universidade que não garante o aumento necesario de verbas nem estrutura adecudada sucateando e precarizando a UnB, pois não temos estrutura adecuada. A greve terminou, mas a luta continua, lutamos por uma universidade de qualidade para tod@s e te convidamos a se juntar a esta luta com o movimento estudantil que já fez história nessa universidade com diversas conquistas.
Seja Bem Vind@s à UnB e que suas realizações sejam contempladas aqui dentro!

Saudações do Coletivo Mobiliza UnB!

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Nota do Coletivo Mobiliza UnB sobre a Greve


As greves tomaram conta do país e acada dia vemos mais e mais categorias entrando em greve, seja do serviço público federal, estadual e mesmo na iniciativa privada. Na educação, a greve nacional dos três segmentos dura mais de 3 meses e não é a toa que hoje 52 das 59 universidades do país estão paradas e tantos outros milhares de trabalhadores em greve. O que antes Lula classificou de "marolinha" se referindo à crise econômica, chegou com força no Brasil. Diante desse cenário, a opção do governo Dilma (PT/PMDB) é a de não atender as pautas reivindicadas e na educação, além de não apresentar uma proposta decente para a reestruturação de carreira para os/as professores/as e uma proposta extremamente rebaixada para os/as técnicos/as e não apresenta nada de concreto para os/as estudantes.
Para quem vivencia o cotidiano da UnB sabe muito bem o quanto a Universidade sofre com a falta de estrutura, de investimentos, de um R.U. que funcione e contemple a atual demanda, uma assistência estudantil que sirva para garantir que estudantes permaneçam na universidade e que não tenham que abandonar seus cursos por não consegui se sustentar, mais uma outra infinidade de problemas que podemos apontar. Os problemas somente se agravaram com o programa do governo federal, Reuni, que expande as vagas e intensifica o trabalho e a jornada das/dos docentes e técnicos administrativas/os. Tudo isso sem garantir investimentos proporcionais e sem reconhecer a necessária valorização do emprego dos que trabalham na educação. Dessa forma, fica evidente que o objetivo das políticas educacionais do governo não caminha rumo a democratização das universidades.
Na UnB a Greve terminou por que a proposta é muito boa, ou por motivos eleitoreiros?

Em um momento em que o governo apresentou uma proposta que o sindicato nacional, Andes, rejeita e várias universidades seguiram a orientação de rejeitar a proposta, a UnB toma um caminho contrário. De um dia para o outro, a direção da Adunb chamou uma assembleia "extraordinária" para discutir exclusivamente o calendário das eleições para a reitoria que acontecerão nos dias 22 e 23 deste mês. Como toda assembleia com o caráter "extraordinário", somente é discutido aquela pauta previamente divulgada. Não foi o caso dessa assembleia. Quando a direção da Adunb percebeu que havia uma maioria de professores contrários à greve, incluíram este ponto como pauta no meio da assembleia e por uma diferença de apenas 15 votos, foi decidido o fim imediato da greve.
O questionamento que devemos fazer é: A quem interessaria o final da greve neste momento? Com a eleição para a reitoria nos próximos dias, fica óbvio que a eleição não está descolada do fim desta greve. A base que compõe principalmente a chapa de Ivan Camargo, chapa 86, estava em peso nesta assembleia para votar o fim da greve. Rechaçamos o modo com que a diretoria da Adunb conduziu a assembleia, terminando uma greve sem o interesse em conquistar as pautas, mas sim de colocar os timothystas de volta na reitoria da UnB. A reunião do Comando Local de Greve desta segunda-feira, na qual 374 professores assinaram a autoconvocação de uma assembleia docente, deixou clara a insatisfação das categorias em greve em relação ao grupo que dirige a Adunb, grupo que orquestrou a manobra para acabar com a greve de forma antidemocrática e leviana e que tentou, fracassadamente, derrubar uma conquista de toda a comunidade universitária: As eleições paritárias para a reitoria da universidade. Entendemos que a postura que várias e vários docentes adotaram, de iniciar um processo de destituição da atual diretoria, reflete essa insatisfação generalizada.

Fortalecer a Greve, a Luta é Agora!

Diante de um cenário em que a universidade está claramente polarizada em dois lados (aqueles que lutam na defesa por uma universidade pública e de qualidade e aqueles que estão interessados em que a máfia de Timothy volte a comandar a UnB) devemos fortalecer a greve, a luta por uma UnB plenamente democrática e por uma educação pública de qualidade, nos somando ao calendário de mobilização.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Nota do coletivo Mobiliza UnB em Apoio à Greve: uma visão diferente à do DCE

O cenário : 42 Universidades federais deflagraram greve desde o dia 17/05. A expectativa é de que até o final dessa semana, tenhamos uma adesão em torno de 50 universidades. Há décadas não vemos uma paralização nacionalizada dessa magnitude entre os professores do ensino superior.
A explosão da greve teve como estopim o não cumprimento por parte do governo Dilma do acordo em relação ao plano de carreira dos/as docentes. Porém, o sentimento de indignação com o caos que está a educação para professores, técnicos, estudantes e para a população foi o motivo principal para que essa greve fosse deflagrada pelo país inteiro.

Diante dessa situação, devemos fazer a seguinte reflexão: qual é a real situação das Universidades e da educação no Brasil? Para nós estudantes, a situação não vai nada bem. Nos deparamos com salas de aula lotadas, bibliotecas defasadas, R.U lotado (quando está aberto), bolsas permanência e moradia estudantil insuficientes, além de uma estrutura precária. Para os/as professores, a situação também é difícil, pois sofrem com o corte no número de bolsas para pesquisa e extensão, aumento da carga horária, déficit no quadro. Essa situação somente se agrava com os duros cortes que a educação sofreu nesses dois anos de governo Dilma.

Vivemos uma situação grave na educação. Escutamos por parte do governo os triunfos do Brasil ser a sexta economia do mundo, porém os problemas históricos da educação não melhoram. A fratura continua exposta. Enquanto vemos cachoeiras de dinheiro público esparramados nas mãos de governantes, empreiteiras e banqueiros, temos de conviver com uma universidade que inunda em tempos de chuva, que vai formar estudantes sem campus e que não atende às pautas básicas da assistência estudantil.

Não é por menos que os/as estudantes estão também declarando seu total apoio à greve. Muitas inclusive aprovaram greves estudantis não só em solidariedade à luta dos/as professores, mas também com pautas próprias, como é o caso da UFU, UFRRJ, UFF, entre outras.

Infelizmente, nosso DCE sequer faz o chamado a uma assembléia. Mais do que isso, adota um posicionamento que vai na contramão daqueles/as que defendem a educação ao afirmar que os estudantes são os mais prejudicados, principalmente os que dependem da assistência estudantil. Nossa diferença com o DCE é que achamos que a situação como está é o que de fato prejudica a todos/as. Por isso, é o momento de nos somarmos à mobilização, pois professores ou estudantes, compartilhamos o mesmo sentimento de indignação.

Ainda em sua nota, o DCE diz que a greve é banal. Nós discordamos. Banal é o número da repartição do PIB dada à educação. Menos de 5%! Do Orçamento Geral da União, somente 3% é destinado à educação, enquanto 47% vai para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública. Isso sim é banal, DCE.
Achamos plausível e necessário que se façam análises da situação bem como da movimentação para que se possa mudá-la, mas não achamos digno querer dizer como uma categoria da qual não fazemos parte, no caso à dxs Docentes, deve se organizar. Cabe à categoria, em sintonia e diálogo com a comunidade, essa decisão. Portanto, percebemos que a organização de uma greve, decidida em espaços legitimamente construídos, é muito justa.

Por achar que está na hora de levantarmos para defender uma educação pública, gratuita e de qualidade é que apoiamos totalmente a greve dos/as professores e mais do que isso, nos somamos a sua luta por entender que essa também é uma luta nossa.

Todo Apoio à Greve!
Por uma Assembléia Geral na UnB!
Pela Construção de uma Pauta Estudantil!

segunda-feira, 26 de março de 2012


O Coletivo Mobiliza convida  todos(as) estudantes da UnB para participar da Calourada pela Paridade!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A politização do carnaval e a atemporalidade das contradições da sociedade


A politização do carnaval e a atemporalidade das contradições da sociedade
Por Hugo Sousa da Fonseca.
Já se pode ouvir o ressoar dos tamborins Brasil afora. O mês de fevereiro se orgulha por ser o palco temporal de um dos momentos mais aguardado e querido pelo povo brasileiro. Eu não posso ser hipócrita e preciso confessar que também me incluo nos bastidores dessa ansiosa expectativa. Seja com descanso ou folia serelepe, carnaval é tempo de sorrir na companhia de pessoas queridas, de viajar, de conhecer as diversas origens das inúmeras manifestações carnavalescas que se apresentam em proporções continentais.
          Sem dúvida, um dos grandes destinos é o Rio de Janeiro. Quando se fala do carnaval de lá há diferentes modos de reação: alguns se entediam e lembram-se do triste programa de passar 4 dias assistindo à transmissão global; outros, por sua vez, enaltecem o encanto dos encontros do carnaval de rua, algo bastante divertido e bem longe do luxo e alto preço da Marquês de Sapucaí; mas também há os que, como eu, com brilho nos olhos, imaginam as alegorias e sentem o pulsar das baterias das escolas acompanhadas do canto emocionado da comunidade envolvida. Fascinado por essa batida, me proponho a relembrar um outro momento do carnaval carioca. Não faz muito tempo, foi praticamente ontem. Talvez pouquíssimas coisas estejam diferentes, mas a mudança não foi um simples detalhe.
          Durante as comemorações, o Rio de Janeiro, como ainda acontece em todo lugar, se polarizava de modo que quem tivesse mais dinheiro teria um melhor carnaval. A ditadura é quem diz quem pode sambar. Mas algo diferente transformava aquele clima opressor em um momento de reflexão sobre o país que tínhamos. O samba, que nasceu no morro, dava voz às favelas e ao povo que não tinha o privilégio de ser foco dos holofotes dos camarotes mais pomposos. Desta forma, pessoas do Brasil inteiro, enquanto sambavam, ouviam muita gente que, ao cantar para o mundo as suas bandeiras de luta por uma vida mais digna, se orgulhava de suas origens e exigia mudanças. Portanto, façamos uma viagem a um passado não muito distante para provar de um momento em que uma grande massa denunciava injustiças sociais e bradava sonhos de igualdade e democracia real.
          Como primeiro ponto de parada, reavivamos o carnaval da cidade maravilhosa em 1987. O Brasil passava por um momento importante de redemocratização. Democracia era mais que uma novidade, mas uma necessidade. Aguardava-se do ano seguinte a promulgação daquela que seria a “Constituição Cidadã” e a escola de samba Caprichosos de Pilares não fez com que esse importante momento político fosse esquecido. Através do samba Eu Prometo (Ajoelhou, tem que rezar), a comunidade podia cantar:
“Estou cansado de ser enganado
Papo furado e demagogia
Não vão encher (o quê)
A minha barriga vazia
Espero da constituinte
Em minha mesa muito pão
Uma poupança cheia de cruzados
E um carnaval com muita paz no coração”
Através do trecho, podemos aferir a triste atemporalidade dos dizeres acima. 25 anos após aquele carnaval, muitas famílias passarão esses quatro dias – e muitos outros – sem o tão sonhado pão à mesa; 25 anos depois a democracia real continua sendo apenas uma denominação de paradigma estatal e um sonho longínquo; 25 anos depois os políticos brasileiros seguem com a mesma dose de demagogia e corrupção, sem o menor respeito ao ato cidadão que os elegeu. A politicagem toma conta do espírito político e cada vez mais os partidos estão envolvidos em jogos eleitoreiros que ferem os próprios princípios, mostrando que o maior compromisso e objetivo do mesmo é a vitória nas eleições.
          Mas, por falar em coisas que não mudam, o carnaval de 1988 também pode se enquadrar perfeitamente. Quem dava ritmo ao samba eram os bravos descendentes do povo escravizado, os negros de todos os tons de pele. Instaurada a kizomba, que significa a festa do povo negro que resistiu bravamente à escravidão, a Unidos de Vila Isabel saudava o grande guerreiro negro dizendoValeu, Zumbi! e transformando o sambódromo em um quilombo que não mais precisa de se esconder. Pelo contrário, quilombolas abriram o peito para expor o mito que é falar da igualdade em um Brasil segregacionista. Assim sendo, há exatos cem anos da abolição da escravatura, a Estação Primeira de Mangueira não via motivos para comemorar o centenário.
Será…
Que já raiou a liberdade
Ou se foi tudo ilusão
Será…
Que a lei áurea tão sonhada
Há tanto tempo assinada
Não foi o fim da escravidão
Hoje dentro da realidade
Onde está a liberdade
Onde está que ninguém viu
Moço
Não se esqueça que o negro também construiu
As riquezas do nosso brasil
(Mangueira, 1988, Cem anos de liberdade, realidade e ilusão)
          1888, 1988, 2008, 2012 e ainda hoje, ninguém viu. No mercado de trabalho e no acesso à universidade os índices apontam para uma estarrecedora exclusão. Exclusão que se comprova através da existência de um sistema penitenciário quase como uma exclusividade negra, uma vez que a etnia se tornou ao longo do tempo um estereótipo criminoso. Com mentalidade colonial, o Brasil reproduz o preconceito de modo que o racismo se mostra entranhado em cada fala. Tudo isso, mostra, enfim, que democracia racial é mesmo um grande mito que tenta “abafar” a realidade da discriminação. A hegemonia branca permaneceu desde então e, por isso, a luta contra a marginalização de um povo que nos constitui, e ajudou a pintar a aquarela brasileira, também deve seguir com firmeza.
          Foi com essa mentalidade, de dar continuidade às críticas do carnaval de 1988, que em fevereiro de 2012 militantes organizados no Comitê contra o genocídio da juventude negra protestaram contra o racismo no shopping Higienópolis na cidade de São Paulo. Reconstruir Palmares é uma tarefa dos vários Zumbis resistentes e inconformados.
          No próximo ano, 1989, algo curioso acontecia. A escola Beija-flor de Nilópolis homenageava os moradores de rua. Com o tema Ratos e urubus, larguem a minha fantasia a escola mudava o conceito de lixo existente na sociedade. Para isso, o carnavalesco Joãozinho Trinta teve a idéia de colocar o Cristo redentor em uma alegoria e cobri-lo de lixos e roupas maltrapilhas, conferindo a ele a idéia deDeus dos mendigos. Porém, a arquidiocese do Rio de Janeiro conseguiu uma liminar na justiça, a qual, entendendo que aquilo significava um desrespeito à fé cristã, proibiu a entrada do Cristo naquelas condições. Mas o fato é que, não satisfeito, o carnavalesco conseguiu fazer com que a imagem estivesse presente. Para isso, cobriu aquele mesmo Cristo com uma lona preta, atendendo à decisão judicial, mas a envolveu com uma faixa que continha a frase: Mesmo proibido, olhai por nós.
          Pode ser que alguns duvidem da necessidade de intervenção divina, mas ninguém pode negar que as pessoas a quem se queria homenagear precisam ser olhadas de perto. Por mais que às vezes sejam comparados a ratos e urubus, falamos de seres humanos que levam uma vida indigna e em meio ao lixo. Casa, escola, comida, emprego, tudo lhes falta. Muitas vezes, a criminalidade é a saída e a penalidade é marcadamente cruel. Porém, não há quem puna o crime que a sociedade comete diariamente contra a vida dessas pessoas. O Estado é violento por duas vezes: primeiro quando não oferece condições de se viver com dignidade e segundo quando penaliza as vítimas pela própria falha. Mas o fato é que abrir os olhos para isso é muito difícil quando a intenção é apenas higienizar as ruas e não deixar com que esse problema nos salte aos olhos.
          Por fim, o ano de 1996. Império Serrano trazia um tema que é hoje alvo das principais manchetes e discussões. Em São José dos Campos, no estado de São Paulo, Pinheirinho foi primeiro alvo de uma ocupação por famílias que simplesmente não tinham onde morar. Posteriormente, a polícia, a serviço do governo, desocupa a área da forma mais truculenta possível: tiros, sangue, mortes. O samba-enredo dizia: 
Quero ter a minha terra, ôôô
Meu pedacinho de chão, meu quinhão
Isso nunca foi segredo
Quem é pobre ta com fome
Quem é rico ta com medo (bis)
(Império Serrano – Samba-enredo de 1996)
Segundo a Constituição Brasileira, o direito à moradia é um direito social e portanto dever do Estado. Despejar as pessoas é uma atitude inconstitucional, reprimir as famílias e matá-las à queima-roupa é abominável. Uma das grandes frases inspiradoras aos bravos resistentes moradores da região do Pinheirinho é uma grande verdade que diz o seguinte: “quando morar é um privilégio, ocupar é um direito”. Infelizmente, vários prinheirinhos existem pelo Brasil. Sem teto ou sem terra, muita gente ainda tem o relento como lar e lamentavelmente o país segue sem uma política eficaz de reformas urbana e agrária.
          Assim, vê-se que o carnaval pode ser um momento de graves e entristecedoras revelações e de autocrítica principalmente. Muito pouco disso se vê. Décadas se passaram, mas os mesmos questionamentos ainda podem ser feitos e isso confere aos momentos de reunião de várias pessoas uma responsabilidade de manter a capacidade de fazer pensar, de fazer lutar. Na Bahia – e até mesmo no Rio de Janeiro – enquanto os policias estão em greve, os trios elétricos desejam axé aos foliões. Seria muito hipócrita fechar os olhos a um dos momentos de maior tensão que o estado já viu. Não é porque é carnaval e todos querem se divertir que devemos fingir que nada acontece. Com o samba no pé, o que era um solo vira coro e as proporções podem ser ainda maiores: a massa de foliões, estando onde estiver, pode se interar sobre o que acontece entre uma música e outra.
          O bloco d@s indignad@s dança, canta, sorri, mas não se cansa. É por isso que desejo a todos e todas um carnaval sem nenhum cansaço, muito feliz e cheio de reflexões rumo a uma folia com cada vez menos abadás.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Nacionalizar a luta #ContraOAumento no país inteiro! Transporte público tem que ser gratuito!



Nota da Oposição de Esquerda da UNE

Após um 2011 de muitas lutas, 2012 começa sendo agitado pela juventude indignada que toma as ruas na luta contra o aumento das passagens de ônibus em várias cidades brasileiras. A luta contra esse aumento está movendo a juventude brasileira, colocando-a novamente nas ruas. Nesse contexto de lutas, a unidade dos setores combativos é real e se faz necessária.

O aumento da passagem de ônibus é um dos primeiros efeitos imediatos que a crise econômica traz ao nosso país, Dilma e os prefeitos querem passar a conta para a juventude e os/as trabalhadores/as. Com a forte recessão financeira pela qual estamos passando no mundo todo, a saída que os governantes encontram são os planos de austeridade e os cortes de gastos públicos, principalmente via transferência destes gastos para o setor privado, acarretando um maior custo de vida para a população, como estamos vendo no caso da tarifa. Sem falar que a prioridade de Dilma em 2011 foi o pagamento dos juros da dívida, que consumiu 47,19% do orçamento. Em 2012, já se espera um corte de 60 bilhões do orçamento.

Dando seqüência a um movimento de lutas e indignações que marcaram o ano de 2011, estudantes e trabalhadores/as na cidade de Teresina/PI retomaram a luta iniciada em agosto do ano passado contra o aumento da passagem do transporte público. Da mesma forma acontece em Vitória, onde as ruas têm sido palco de intensas manifestações. Essas duas cidades, para além das grandes mobilizações, tiveram sua luta colocada em destaque na mídia nacional por conta da forte repressão policial, que foi amplamente divulgada pelas redes sociais. Em Teresina, já foram 40 presos em manifestações. Em Vitória, um estudante foi indiciado e outros intimados a prestar declarações ainda essa semana. A intenção dos governos é criminalizar o movimento para enfraquecê-lo, porém o que vemos é uma reação inversa: a cada novo ato de repressão, mais pessoas se indignam e aderem às manifestações, mostrando que a revogação do aumento da tarifa é indispensável. Por isso, se faz necessária a unificação do movimento estudantil com os/as trabalhadores/as e a população, só assim teremos vitórias como a greve dos Bombeiros e PM do CE.

Além de Teresina e Vitória que ocuparam posição de destaque nacionalmente nas últimas semanas, a luta #contraoaumento está gerando protestos de Norte a Sul do país. Já são inúmeras as cidades com manifestações pedindo o não-aumento da passagem, como: Uberlandia/MG, Campinas/SP, Aracaju/SE, Belém/PA, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, Joinville/SC, dentre outras. Unir estas lutas é tarefa fundamental, fazendo com que o movimento contra o aumento se torne ainda mais forte.

Na contramão dessa história, os setores governistas que dirigem as entidades nacionais dos/as estudantes secundaristas e universitários/as (UBES e UNE respectivamente) se omitem e até mesmo negociam junto a Prefeituras e Empresas, prestando um desfavor à luta dos/as estudantes e de toda a população que acaba pagando mais caro a conta dessa não-manutenção do direito do “ir e vir” no intuito de colocar o transporte como direito de todo e qualquer cidadão. Ao nosso ver, a direção majoritária da UNE e da UBES precisam se colocar contra quaisquer tipos de repressão e criminalização que o movimento sofra, e também devem estar ao lado desses/as estudantes que estão se mobilizando em todo país. É válido ressaltar que nossa luta deve ir muito além da redução (prioridade imediata), nossa luta deve ser por um transporte público realmente gratuito e de qualidade, que possibilite uma cidade menos poluída, suja e congestionada.

Neste sentido, nós, coletivos abaixo assinados, que compomos a Oposição de Esquerda da UNE, estamos comprometidos com a unificação deste processo de luta, tentando coordenar nacionalmente esta pauta, para mobilizar até barrar o aumento nas tarifas, repudiamos a repressão a qual os/as manifestantes de Teresina e Vitória sofreram, e nos posicionamos na defesa dos/as estudantes que estão na luta contra o aumento em todo o Brasil!

Construir a plenária nacional #ContraOAumento!
Dia 19/01 realizaremos atividades em diversas cidades simultaneamente, com atos de rua e reuniões contra o aumento. Fazemos um chamado a todos/as os/as lutadores/as das ruas de Belém, Teresina, Vitoria, Minas e todas as outras cidades que estão em luta a virem a Porto Alegre-RS no período de 24 a 29 n de janeiro para o Fórum Social Temático 2012. Neste espaço, realizaremos uma grande plenária nacional da Oposição de Esquerda e queremos realizar uma plenária nacional contra o aumento de tarifas construída com demais setores de luta do M.E. no dia 27/01, encaminhada pelo DCE UFRGS.

Resistir até a tarifa cair!
Juntos! Juventude em Luta
Coletivo Levante!
Coletivo Vamos à Luta!
Rompendo Amarras (Barricadas, Dialogação e Domínio Público)
Campo Contraponto
Viramundo
DCE UFU - Gestão Aos Que Virão
DCE UNAMA
17 de Janeiro de 2012.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Vamos lutar por um RU sem agrotóxicos, mas sem aumento de bilhete!



   De um lado, as crises diversas se alastram e atingem populações, e de todos os outros a oportunidade de mudança faz-se presente no grito dos indignados do mundo com muita  luta.
   Destruição ambiental alarmante pela própria natureza do sistema político e econômico vigente. Sobreposição do agronegócio sob a expansão de um modelo alternativo e sustentável de produção, agroecologia. O sistema de latifúndios, monoculturas condenadas ao uso dos agrotóxicos numa perspectiva de enriquecimento de grandes empresas transnacionais. A Saúde clama.
    Vamos lutar por um RU sem agrotóxicos, mas sem aumento de bilhete. A natureza e nós, arcamos com o avanço dos agrotóxicos e flexibilização de leis que alimentam esse ciclo. Alterações do Código Florestal. Unirmos, estudantes, incisivamente aos agricultores familiares e pequenos produtores nessa luta! Pare Belo Monte. Inviável socioambientalmente. Mostremos a vivacidade do poder da mobilização popular!! Se a Universidade se omite, lutemos para que se aproprie das pesquisas sobre sustentabilidade e as coloque a serviço da sociedade. A luta contra os agrotóxicos mais que uma causa de luta, é uma causa pela vida!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Chapa 5 na luta pelo o novo prédio do Ida


Os estudantes do complexo das artes da unb (Ida) há algum tempo veem se mobilizando a fim de conseguirem o novo prédio para dar continuidade aos estudos de forma plena e com qualidade. O prédio que até então está sendo ocupado seria algo "provisório". No entanto, há 30 anos os alunos permanecem no mesmo lugar, ocupando prédios projetados inicialmente para servirem como almoxarifado da Universidade de Brasília. A estrutura está caótica, salas de aula estão em situação de total abandono e descaso, o único teatro disponível (Helena Barcellos) para as apresentações e estudos dos alunos teve que ser interditado devido a insalubridade deste. Isto não pode continuar.
O movimento LUGAR DO Ida é um aprofundamento do movimento Arruma o Ida, esse último tendo como foco as questões de precariedade da atual estrutura. E vem sendo construído pelos quatro CA's do Ida, pela direção do instituto, chefes de departamento e representantes docentes no Conselho do Ida. O intuito é mobilizar todo o instituto e também a universidade. Tudo isso em conjunto.
Como mais uma forma de mobilização, os estudantes da causa estão com uma petição online em prol do novo prédio. Vamos assinar tbm?!


Mobiliza UnB, mais do que um (a) somos tod@s.